Takarazuka Revue

História
A primeira performance "Donburako", 1914
O Takarazuka Revue começou em Takarazuka, em Hyōgo, Japão, em 1913, fundado por Kobayashi Ichizo, presidente da Hankyu Railways, que teve a idéia de aumentar as vendas dos bilhetes da linha de comboios da cidade promovendo apresentações musicais de estilo Ocidental usando apenas raparigas solteiras. A companhia de teatro a fez sua primeira apresentação em 1914, e em 1924 já se tinha tornado popular e teve seu próprio teatro, o Dai Gekijō. Actualmente, o Takarazuka apresenta-se para cerca de 2.5 milhões de pessoas por ano. A maior parte dos fãs são mulheres.
Parte da novidade do Takarazuka é o facto de todos os papéis serem interpretados por mulheres, baseado no modelo original do Kabuki antes que as mulheres fossem banidas do teatro no Japão. As actrizes que interpretam homens são chamadas de otokoyaku, e as que interpretam mulheres, musumeyaku . O figurino e o cenário costumam ser excessivamente chamativos e as performances têm um toque melodramático.
A companhia é dividida em cinco trupes principais: Hana, Tsuki, Yuki, Hoshi e Sora (Flor, Lua, Neve, Estrela e Céu). Uma sexta trupe, o Senka (Especial), é formada por actrizes mais velhas que já não fazem parte das trupes principais mas ainda querem fazer parte do teatro e actuar de tempos em tempos. A Hana e a Tsuki são as trupes originais, formadas em 1921. A trupe Yuki começou em 1924. A Hoshi começou em 1931, foi desfeita em 1939, e voltou em 1948. A trupe mais nova, Sora, foi formada em 1998.
Homens membros
Durante a época da fundação do teatro (1914) e o pós-guerra (1946), a companhia contratou homens para performances e treinava-os separadamente das mulheres. No entanto, as actrizes eram contra a ideia de fazer par com homens na companhia. Assim, o grupo masculino foi dissolvido brevemente. Recentemente, um musical japonês chamado Takarazuka Boys foi lançado, baseando-se nesta parte da história do teatro.

As Trupes
As cinco trupes do Takarazuka Revue têm algumas diferenças de estilo e material que tornam cada uma delas única.

• Hanagumi (Trupe "Flor")

A Hana é considerada a trupe que produz as melhores otokoyaku. As suas performances costumam ter altos orçamentos, com cenários e figurinos chamativos, e muitas vezes derivadas de produções líricas.

• Tsukigumi (Trupe "Lua")

É famosa por lançar tops jovens, as actrizes desta trupe são boas cantoras. A expressão "Departamento de Pesquisa Musical" é ocasionalmente usada em artigos sobre a trupe, focando a atenção especial do grupo para a música. As suas performances tendem a ser dramas e musicais modernos.

• Yukigumi (Trupe "Neve")

É a trupe mais "conservadora" da companhia. Sempre tendeu para os dramas tradicionais japoneses enquanto as outras trupes mantinham um estilo ocidental. No entanto, foi a primeira a performatizar Elisabeth no Japão. Actualmente, a trupe está a mudar o seu estilo para algo mais parecido com as outras trupes.

• Hoshigumi (Trupe "Estrela")

Junto com o Hanagumi, é a trupe que geralmente fornece as top stars para o teatro.

• Soragumi (Trupe "Céu")

Sora, a mais nova trupe no teatro, não carrega o peso da tradição, e por isso costuma ser mais experimental. Quando foi formada, adoptou talentos de todos os outros grupos. Foi a primeira trupe a apresentar Phantom (baseado no musical O Fantasma da Ópera) e a ter um compositor da Broadway (Frank Wildhorn) a compor as suas partituras. Além disso, uma característica física notável no Soragumi é que a maioria das otokoyaku medem mais de 1,70m.